Sexo e tabu costumam andar de mãos dadas por aí. Masturbação, orgasmo, desejo, gravidez, sexualidade, tamanhos e documentos ganham pontos de interrogação. Para ajudar você nessa aventura do descobrimento, esse artigo mostra respostas científicas sobre assuntos que no fundo você quer saber, mas nem sempre tem coragem de perguntar.
1. Como o cérebro processa a atração sexual?
Começa do mesmo jeito que acontece quando você vê um prato de lasanha.
O primeiro o approach é no córtex, porque tudo é desencadeado com o estímulo da vísão, do olfato, da audição.
A atividade do córtex pré-frontal também é intensa, já que existem decisões racionais a serem tomadas: se o outro agrada, se parece ser boa gente, se é uma lasanha.
Quando o conjunto é agradável para você, entra em ação o sistema límbico, estruturas cerebrais na região do hipotálamo e do hipocampo, nas áreas temporais. O hipotálamo e o hipocampo, modulados por neutransmissores, são responsáveis pelas sensações agradáveis.
3. Sexo pode alargar a vagina?
Como a vagina é um órgão bastante elástico, ela se alarga durante a penetração, mas volta ao tamanho original logo depois. No parto normal, também funciona assim depois da passagem do bebê.
Desde 1950, quando o ginecologista alemão Ernest Gräfenberg descreveu a possível existência desse local, a ciência está no ponto D: discussão. Seria uma área com maior vascularização e inervação localizada na parede anterior da vagina (introduzindo o indicador e dobrando para cima, você o alcançaria). Alguns pesquisadores consideram o ponto G uma extensão interna do clitóris, outros acreditam que não há exatamente um ponto determinado, mas uma zona erógena nas mulheres. Estudos mostra que a maioria delas bota fé nele, o que por si só poderia render um aumento do prazer, durante a estimulação da região.
5. Quão micro é um micropênis?
Os médicos consideram micro os que medem menos de 7 centímetros quando eretos. Essa disfunção está ligada à falta de testosterona no estágio uterino e afeta apenas 0,6% da população. O maior já medido é o do ator americano Jonah Falcon: 34 centímetros, comprovados diante das câmeras de um documentário para a TV. E ele nunca fez um filme pornô porque “quer ser levado à sério”.
6. Mulheres ejaculam?
Sim. Cerca de 10% delas elimina um líquido claro e inodoro, que pode ser confundido com a a própria urina. É produzido pelas glândulas de Skene, chamadas de próstata feminina, e liberado durante o clímax. Mesmo entre as que ejaculam, não acontece em todas as relações. Teoricamente, quanto mais intenso o orgasmo, maior a chance de ocorrer.
7. Um homem pode ter orgasmo sem ejacular?
Sim, são coisas diferentes, embora estejam inteiramente ligadas. O orgasmo acontece no cérebro e estimula a contração do órgão genital e expulsão do sêmen. Se o homem já ejaculou várias vezes, pode ter orgasmo e não expelir nada, porque o estoque está zerado. Em alguns casos de ejaculação precoce, é comum que a saída de esperma seja tão rápida que nem dê tempo de sentir orgasmo. Pacientes que fizeram cirurgia de próstata e não produzem sêmen também experimentam um sem desencadear o outro.
8. A pílula do dia seguinte deixa de ter efeito conforme o uso?
Não é que deixa de ter efeito. O uso constante provoca a irregularidade do ciclo menstrual e, por isso, dificulta o monitoramento do período fértil e a chance de gravidez aumenta. A anticoncepção de emergência, eficaz quando tomada até 72 horas depois do coito desprotegido, deve ser usada só como recurso devido a um descuido – e não como hábito.
9. Por que dá sono depois do sexo?
Porque a amígdala, no cérebro, comanda uma descarga de endorfina para normalizar os processos hormonais depois do orgasmo. Também acontece a liberação de prolactina. Ela baixa a concentração de testosterona no sangue rapidamente nos homens e mais devagar nas mulheres, causando a sonolência. Por isso eles querem dormir e elas preferem conversar.
10. Masturbação pode dar espinha?
Não, nem deixa um braço maior do que o outro, não faz crescer peitinhos nem nascer pelo na mão, não causa cegueira nem perda de memória. Essas lendas urbanas existem desde sempre para inibir a prática e “não derramar a semente no chão”, como diz a Bíblia. Na Idade Média, era considerada mais grave do que incesto. Sabe-se que ela pode ajudar no conhecimento das nossas próprias respostas sexuais e na preparação do corpo para o contato com o outro. E acontece em todas as idades, desde a infância até a velhice.