A sexualidade é um assunto que acompanha a sociedade desde o surgimento da humanidade no planeta, há cerca de cem mil anos. Esse tema tem características complexas e peculiares. Diferente de outras espécies, o ser humano apresenta distintas anatomias e funções que garante às fêmeas aceitar os impulsos sexuais de seus parceiros, estando ou não em seus períodos reprodutivos. Dessa forma, nossa sexualidade tem um componente orgânico condicionado a fatores sociais e emocionais.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Assim o homem é um ser privilegiado por poder praticar o sexo com prazer em todas as fases da mulher. Seja durante a gestação ou na menopausa, além dos períodos menstruais e de ovulação. Praticamente a humanidade criou várias motivações para as práticas sexuais que não se limitam a reprodução. Faz-se sexo por amor, por prazer e por dinheiro. A partir disso, surgiram as normas e comportamentos sexuais considerados mais adequados para uma sociedade civilizada.
Essas regras ficaram cada vez mais complexas conforme o desenvolvimento cultural da civilização. Dentro da organização social, surgiram normas de conduta para organizar as atividades sexuais dos indivíduos. Dessa maneira, mesmo quando o homem está completamente dominado pelo desejo sexual, ele passa a praticar o sexo com a mulher seguindo condições definidas pela sociedade.
Assim, desenvolveu-se um ritual simbólico que levou ao casamento para organizar o que é aceitável dentro do exercício da sexualidade numa sociedade. Com isso houve a consciência do homem diante do seu desempenho sexual, os parâmetros de aceitação e adequação ao meio social. Do nascimento até a morte, a sexualidade está presente em todas as manifestações humanas, em todas as fases da vida de do ser humano.
A sexualidade não se restringe aos órgãos genitais do homem e da mulher. Mesmo que na Bíblia da Igreja Católica, que influencia a cultura dos povos há séculos, o sexo seja visto como um mal necessário, que cabe apenas para efeitos de reprodução da espécie. A partir dessa interpretação que se mantém até os dias de hoje houve uma confusão entre sexualidade e genitalidade. Nossa sexualidade é influenciada com grande força por muitos fatores, desde orgânicos a psicológicos.
Dessa forma, nossas raízes culturais estão carregadas de conceitos distorcidos sobre a sexualidade. Quando o assunto é práticas normais de sexualidade, logo as pessoas pensam em atos que não causem mal a saúde. Assim, a masturbação, por exemplo, seria normal, desde que praticada sem excessos. Quando se torna algo doentio, existe uma teoria de que possa ser uma prática danosa.
Não é fácil compreender o que leva a repressão das manifestações prazerosas da sexualidade. Talvez a resposta esteja na época em que o sexo seguia um caminho distante de conceitos que caracterizam o ato sexual como um meio de prazer, para ser apenas uma obrigação a ser cumprida. Assim, a sociedade herdou uma visão repressora da sexualidade, que marcou mais as mulheres. A cultura que permite mais liberdade sexual ao homem do que a mulher persiste até os dias atuais.
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