Sa\u00fade sexual, desempenho no sexo e dura\u00e7\u00e3o da uni\u00e3o s\u00e3o temas importantes para qualquer relacionamento.<\/p>\n
Al\u00e9m disso, voc\u00ea encontrar\u00e1 dicas e opini\u00f5es de especialistas sobre o tema, incluindo a import\u00e2ncia de comunica\u00e7\u00e3o, autoconhecimento e cuidado com a sa\u00fade f\u00edsica e mental.<\/p>\n
Lembre-se, \u00e9 sempre bom buscar ajuda profissional se voc\u00ea sentir necess\u00e1rio.<\/p>\n
Quanto mais anos de escola um homem tem, mais chance ter\u00e1 de conseguir um bom trabalho, um sal\u00e1rio adequado, melhor qualidade de vida e um desempenho satisfat\u00f3rio na cama.<\/p>\n
A sintonia entre o n\u00edvel de escolaridade e a sexualidade, al\u00e9m de parecer perversa, desmente a suposi\u00e7\u00e3o de que trabalhadores bra\u00e7ais atuariam melhor que os intelectuais.<\/p>\n
Na verdade, a rela\u00e7\u00e3o entre grau de instru\u00e7\u00e3o e disfun\u00e7\u00e3o er\u00e9til tem a ver com acesso aos servi\u00e7os de sa\u00fade, condi\u00e7\u00f5es de vida e informa\u00e7\u00f5es b\u00e1sicas sobre o corpo.<\/p>\n
Para os menos informados, o sexo pode passar do prazer ao pesadelo diante de um \u00fanico epis\u00f3dio de ere\u00e7\u00e3o n\u00e3o consumada.<\/p>\n
O grau de escolaridade como fator de risco para a disfun\u00e7\u00e3o er\u00e9til \u00e9 uma das constata\u00e7\u00f5es do Ecos, Estudo do Comportamento Sexual no Brasil, publicado no ano passado e cujos resultados ainda v\u00eam sendo detalhados.<\/p>\n
Pelo estudo, que ouviu 1.164 homens em nove cidades de sete Estados, aqueles que cursaram apenas o prim\u00e1rio (quatro anos de escolaridade) t\u00eam 3,6 vezes mais risco de disfun\u00e7\u00e3o er\u00e9til<\/strong> quando comparados com outros de forma\u00e7\u00e3o universit\u00e1ria.<\/p>\n As cidades foram Salvador, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Curitiba, Recife, Belo Horizonte, S\u00e3o Paulo, Santos e Ribeir\u00e3o Preto.<\/p>\n Aqueles que conclu\u00edram apenas o Ensino Fundamental teriam um risco duas vezes maior do que os universit\u00e1rios.<\/p>\n Esse dado confirma um conceito novo, o da disfun\u00e7\u00e3o er\u00e9til como marcador de sa\u00fade, diz a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora da pesquisa e do Prosex, Projeto Sexualidade do Hospital das Cl\u00ednicas da Universidade de S\u00e3o Paulo.<\/p>\n N\u00e3o quer dizer que quem estudou menos n\u00e3o sabe fazer sexo, quer dizer que est\u00e1 menos atento ao corpo, aos cuidados com a sa\u00fade e tem menos acesso aos servi\u00e7os e \u00e0 informa\u00e7\u00e3o.<\/p>\n Outro estudo, realizado com homens da Col\u00f4mbia, Venezuela e Equador, batizado de Densa, trouxe resultado semelhante. Pela pesquisa, homens com menos de cinco anos de educa\u00e7\u00e3o formal t\u00eam 2,5 vezes mais chance de ter disfun\u00e7\u00e3o er\u00e9til que aqueles com seis ou mais anos de escola.<\/p>\n A educa\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos principais fatores de risco para a disfun\u00e7\u00e3o er\u00e9til, diz o urologista Sidney Glina, diretor do Instituto H. Ellis e ex-presidente da Issir, Sociedade Internacional para o Estudo da Sexualidade e Impot\u00eancia.<\/p>\n Saber como o corpo funciona permitir\u00e1 faz\u00ea-lo funcionar melhor. Os chipanz\u00e9s machos, quando isolados do grupo, n\u00e3o conseguem penetrar porque n\u00e3o aprenderam como se faz, diz.<\/p>\n O homem aprende a comer, a andar, mas o adolescente acha que j\u00e1 nasceu sabendo fazer sexo e n\u00e3o se permite aprender.<\/p>\n A sa\u00fade tem a ver com a educa\u00e7\u00e3o e a sexualidade. A pesquisa Ecos mostrou que nos grupos com hipertens\u00e3o, diabetes, obesidade e depress\u00e3o havia maior n\u00famero de homens com disfun\u00e7\u00e3o er\u00e9til.<\/p>\n Por exemplo, entre os que tinham disfun\u00e7\u00e3o m\u00ednima ou nenhuma, 15,1% disseram ser hipertensos.<\/p>\n Entre aqueles com disfun\u00e7\u00e3o moderada ou completa, 39,7% afirmaram ter hipertens\u00e3o.<\/p>\n A depress\u00e3o \u00e9 especialmente preocupante, pois tanto pode ser causa como consequ\u00eancia da disfun\u00e7\u00e3o er\u00e9til. Alcoolismo, medicamentos, estresse e sedentarismo s\u00e3o outros fatores.<\/p>\n N\u00e3o quer dizer que homens com maior escolaridade n\u00e3o tenham depress\u00e3o, diabetes ou hipertens\u00e3o, mas certamente v\u00e3o procurar ajuda mais cedo e ter\u00e3o acesso mais f\u00e1cil ao m\u00e9dico e ao tratamento, diz Carmita Abdo.<\/p>\n Dados internacionais mostram que s\u00f3 um em cada dez homens com disfun\u00e7\u00e3o er\u00e9til est\u00e1 sendo tratado. Este, certamente, est\u00e1 no grupo com maior escolaridade.<\/p>\n Disfun\u00e7\u00e3o er\u00e9til<\/a>, por conceito, \u00e9 a incapacidade se obter e\/ou manter o p\u00eanis r\u00edgido por tempo suficiente para completar o ato sexual com satisfa\u00e7\u00e3o.<\/p>\n Satisfa\u00e7\u00e3o \u00e9 um conceito subjetivo que tamb\u00e9m depende da educa\u00e7\u00e3o, dizem os especialistas. Na forma\u00e7\u00e3o popular prevalece a cren\u00e7a de que o homem deve dar conta de todas e n\u00e3o pode se permitir falha nenhuma. Cobran\u00e7a demais leva \u00e0 ansiedade. \u00c9 a ansiedade, a adrenalina, que faz o p\u00eanis ficar mole, diz Glina.<\/p>\n Passar no m\u00e9dico deveria ser pr\u00e1tica para o homem, mas nem sempre resolve. Pesquisa feita pelo chefe do departamento de andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia<\/a>, Luiz Otavio Torres, mostrou que a maioria dos urologistas saem da resid\u00eancia despreparados para diagnosticar e tratar a disfun\u00e7\u00e3o er\u00e9til.<\/p>\n Segundo ele, muitos m\u00e9dicos de outras especialidades n\u00e3o consideram a disfun\u00e7\u00e3o er\u00e9til uma doen\u00e7a.<\/p>\n <\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Sa\u00fade sexual, desempenho no sexo e dura\u00e7\u00e3o da uni\u00e3o s\u00e3o temas importantes para qualquer relacionamento. Al\u00e9m disso, voc\u00ea encontrar\u00e1 dicas e opini\u00f5es de especialistas sobre o tema, incluindo a import\u00e2ncia de comunica\u00e7\u00e3o, autoconhecimento e cuidado com a sa\u00fade f\u00edsica e mental. Lembre-se, \u00e9 sempre bom buscar ajuda profissional se voc\u00ea sentir necess\u00e1rio. Quanto mais anos …<\/p>\n